Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Apesar da Condenação, o indefectível voto de Dias Toffoli




No dia de hoje, já com o placar de 6 votos a 2, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou pela condenação do deputado federal João Paulo Cunha, do Partido dos Trabalhadores, PT, pelo crime de corrupção passiva relacionado ao Mensalão.
O deputado federal petista é hoje candidato a prefeito de Osasco, na grande São Paulo, e é acusado de receber R$ 50 mil para beneficiar agência do empresário Marcos Valério em contrato com a Câmara, em apenas uma comprovação de sua atuação no processo. 



O STF resgatou um pouco sua credibilidade com o voto que definiu a maioria pela condenação que foi proferido pelo ministro Gilmar Ferreira Mendes, o oitavo a votar sobre o caso no julgamento do mensalão.
Os ministros que votaram pela condenação de acordo com as provas do processo foram Cezar Peluso, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Rosa Weber, além do relator, Joaquim Barbosa. O ministro Dias Toffoli, que não poderia ter votado de outra maneira, sem contar que jamais deveria estar votando seguiu a decisão do revisor, Ricardo Lewandowski, pela absolvição e este como já sabíamos desde 2007 vinha tentando inocentar e melar o julgamento dos mensaleiros. Há ainda três ministros do Supremo para votar, mas a condenação, a não ser numa improvável alteração do voto, já é certa.
Para o Ministro Gilmar Ferreira Mendes, as provas dos autos demostram que:
"evidencia inequivocamente que o valor mencionado não teve origem no PT".
Desta forma fica afastada a tese de parte dos réus do Mensalão de que os desvios apontados correspondem a caixa dois eleitoral, numa descarada manobra de confessar crime eleitoral de menor gravidade, e não compra de votos de parlamentares, como aponta o Ministério Público da União.
Está comprovado que o saque do dinheiro foi feito pela mulher de João Paulo Cunha em uma agência do Banco Rural. Gilmar Ferreira Mendes entendeu que houve ainda corrupção ativa de Marcos Valério e de seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, porque os efetivos operadores do Mensalão.
O ministro, uma das mentes mais claras e brilhantes do STF ainda faz discussão coerente e fundamentada sobre as acusações pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro em que estariam envolvidos João Paulo de Cunha e Marcos Valério.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sentir, Pensar, Expressar! A Intenet tornou possível a qualquer homem, a qualquer mulher, expressar tão livremente seu pensamento e seus sentimentos, quanto o são em realação ao seu existir! Eis o resultado!