Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo




Hoje convencionamos pensar que é o 31o dia do décimo segundo mês do ano solar que numeramos arbitrariamente de 2014 da era Cristã.
Dionísio, o Pequeno, com seus cálculos equivocados marcou os anos a partir do que acreditava ser a data de nascimento do Mestre de Belém, mas isso absolutamente não nos diz respeito.
Ainda, ficam muitos sujeitos imaginando maneiras de reformar o calendário Gregoriano, por que instituído por Gregório XIII, um papa preocupado com a evolução do tempo.
Mas o calendário já é um patrimônio de toda a humanidade, ele já incorpora muito simbolismo e o encerramento de um ano e a abertura de um novo, com o dia da Paz Universal, é uma convenção simpática e benfazeja.
Neste dia desejamos muitas coisas a todos os que amamos, os que apreciamos, os que conosco dividem este existir precário neste pequeno planeta insignificante e sem objetivo!
Eu não poderia deixar de desejar a todos e a cada um de meus amigos, que esta data marque mais uma passagem, mas não apenas uma passagem convencional, mas uma passagem para a construção de um existir melhor, mais determinado, mais inconformado, e que se construa a cada um e em todos os dias, um ano novo! Todos os dias são igualmente bons para se começar tudo de novo, o acordar vivo todos os dias é promessa inexcedível de existir novamente e criar novos objetivos, perseguir novas metas, acreditar ainda mais e melhor em nossas possibilidades!
Assim, Feliz Ano Novo a todos os que amam a vida, Feliz Ano Novo a todos que acreditam que existir vale a pena, Feliz Ano Novo a todos que à convencionada 0h00 estejam pensando em seus amores, estejam vivendo intensamente aqui e agora, acreditando num Futuro-do-Passado melhor, e olhando com carinho para o Passado-do-Futuro intensamente vivido.

Que venha 2015!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Rem publicam perdere






Destruam o Estado, aniquilem a autoridade, pereça a subserviência bovina!
Não há contrato social, tal é uma fantasia,
Criada pelos usurpadores, de nossa liberdade,
De nossa felicidade, de nossa bondade!

Destruam o Estado, aniquilem suas instituições, pereça o medo covarde,
De perceber que a polícia é mecanismo de opressão,
Que as leis, são apenas expressão da servidão,
Que delas só devemos esperar infelicidade e sofreguidão!

Destruam o Estado, aniquilem seus defensores, pereça a filosofia vã,
Que apenas torna palatável aquilo que é intragável,
Que apenas legitima o que é desde sempre ilegítimo!
Destruam o Estado, para que possamos existir!

Servos






Servos, todos servos,
Bovina concordância,
Suspensão de toda crítica,
Necessidade áulica!

Servos, todos servos,
Todos toldados em seu saber,
Pela necessidade de justificação,
Do injustificável!

Servos, todos servos,
Da ideia absurda,
Da necessidade de Estado,
Da existência do bem comum!

Servos, todos servos,
Menos eu que sofro,
Com os grilhões que ferem,
Todo meu pensar!