Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

domingo, 7 de dezembro de 2014

LIBIDO FLANEUR



Li, em alguma contracapa, em algum livro,
Que era de poemas, perdidos poemas,
Onde poesias do surreal,
Se tornavam fantasmagoricamente reais.

Li, uma expressão: “libido flaneur’;
Mas o que haveria de ser?
Toda poesia, para além de libido,
Para além de flaneur?

Haverá libido que não flane?
Haverá libido que não poesia?
Que não magia, que não violência,
Que não urgência, que não voracidade?

Libido Flaneur, adjetivação,
Que invade toda sensibilidade,
Que permeia todo pensamento,
Tornando-nos nus aos olhos outros,
Fazendo-nos os outros nus aos nossos olhos.

Libido Flaneur, atribuição,
De algo que não supúnhamos possível;
De algo que percebíamos compulsivamente,
Flanando sem medida,  sempre, eternamente,
Como desejo imperioso, como libido!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sentir, Pensar, Expressar! A Intenet tornou possível a qualquer homem, a qualquer mulher, expressar tão livremente seu pensamento e seus sentimentos, quanto o são em realação ao seu existir! Eis o resultado!