Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

terça-feira, 24 de março de 2015

O Reino que não era deste Mundo




 O Reino que não era deste Mundo


'Uma conspiração maquiavélica que beira as raias do absurdo. Mais do que duas forças políticas, duas elites disputando um ardiloso jogo de xadrez. Um tsunami prestes a engolir os donos do poder. E você, de que lado estaria? Para entender o Brasil de hoje é preciso entender os bastidores de uma disputa pelo poder que começa em 1831 e envolve nada mais, nada menos que alguns dos principais personagens da nossa história. De um lado, os monarquistas, os novos-ricos, D. Pedro I, Duque de Caxias, Barão de Mauá, D. Pedro II, Princesa Isabel, Conde D’Eu; do outro, é claro, os republicanos, os escravocratas, os cafeicultores, Barão de Cotegipe, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Floriano Peixoto. Nas cenas derradeiras, em 1889, o enfermo Imperador D. Pedro II está vindo de Petrópolis. No Rio de Janeiro, duas conspirações estão prestes a se chocar. Em uma das frentes, a Princesa Isabel trama a transição para o Terceiro Reinado. Na outra, os republicanos colocam em marcha planos sediciosos para proclamar a República. No meio, o Marechal Deodoro terá que escolher um dos lados. Ambas as elites caminham sobre um vulcão em erupção. E o povo... o povo, como sempre, está à mercê de sua própria sorte, sua péssima sorte.'

O que penso:

A República é modernidade e democracia? A monarquia é reacionária e autoritária? O livro de Marcos Costa afasta definitivamente tais crendices e nos instrumentaliza para repensar a história do Brasil, reconhecendo que republicano era o Império, e o maior e mais democrático governante brasileiro foi D. Pedro II. A república foi um retrocesso histórico, foi um golpe reacionário que retirou do Brasil a chance de um desenvolvimento democrático e institucional que nos tornasse uma nação desenvolvida, próspera e estável. A não ser por uma escrita muitas vezes excessivamente coloquial, com alguma jocosidade desnecessária, o ensaio de Marcos Costa é não só interessante como muito importante para repensar o Brasil e sua elite política antirrepublicana, numa República que só tem nome, mas que é sim uma oligarquia de sistema fechado! Muito bom!

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