Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

domingo, 4 de novembro de 2012

Lua e Ar





Havia a Lua, brilhava no céu;
Silenciosa, misteriosa,
Presente e bela,
Ficava lá no firmamento,
Branca e bela, etérea,
Uma presente, uma ausente,
Presente quando se fazia nova,
Ausente quando se fazia miguante,
Mas tão bela e constante,
Desde o momento que se desnudara,
Ainda no início do meu existir,
Marcando cada pensamento e desejo,
Que possa ter e imaginar,
Para todo o sempre!

Mas havia o Ar, rarefeito,
Inconstante, intempestivo,
Causador do vento, das borrascas,
Do trazer e do levar,
Do estar aquecendo, mas também,
Do estar a esfriar,
Minh'alma, presa ao vento,
Viajava, tal qual sonho,
Até a Lua, até ao Mar,
Permanecendo sempre,
Constantemente, permanentemente,
Presa na delicadeza de cada movimento,
Que o vento procurava, 
Com sua violência,
Desenhava sobre a imensidão de amar!

A Lua e o Ar, o Luar,
Que me ilumina, que me faz,
Constrói e realiza,
Num só e permanente sentimento,
Indestrutível, permanente,
Perfeito, constante,
Perturbado, vívido,

Mas o que é esta lua, este ar,
O que este luar que alumia,
Toda minha existência,
Permitindo que ela seja,
Não uma, mas várias, 
Esperas, sofregas, 
Do encontro, do reencontro,
Do mar e do ar, 
Do homem e da mulher,
Que se fundem  no ato de amar!

Sabes agora que não importa teu nome,
Porque hei de repetí-lo ad infinitum,
No momento infinito de amar!
Transbordando em ti, como o mar,
Soprando sobre tua pele como o ar,
Existindo, leve, etéreo!
Como a brisa que anuncia a alma,
Quando resplandece o luar,
Em tua face, em teu colo,
Em teu peito,
No momento mesmo, de amar!

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