Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mundo, vasto mundo

 

 

Espreito o mundo, pela fresta de meus olhos,

Tão vasto é o mundo, que não consigo vê-lo todo,

Nem mesmo uma fração, apenas o que enxergo pela fresta,

Pela tímida fresta de meus olhos.

 

Espreito o mundo, no compasso de meu coração,

Bate ele desacertado, medindo tempos, sem sentido,

Rápido demais quando gozo, lento demais quando sofro.

 

Mundo, vasto mundo, que apenas espreito,

Mas que em mim existe todo, como ânsia,

Como desejo.

Um mundo, vasto mundo, que me desorienta,

Porque clama por mim, me arrasta,

Mas se nega furtivo, entregar-se aos meus desejos!

 

Mundo, vasto mundo, que queria eu,

Fosse reduzido à cama de amar,

Ao tempo de beijar, de emaranhar-se,

Desesperadamente ao outro, sem o qual,

Não sou eu, não sou ninguém,

Nem faz qualquer sentido, a vastidão do mundo!

 

Entendo então, que o Mundo,

Este vasto mundo, só faz sentido,

Se há um outro, que se possa amar!

Que não é um outro apenas, mas todos os outros,

Que posso espreitar, por esta fresta, pequena,

Delicada, insuficiente,

Meus olhos, que de forma oblíqua,

Descobrem, este vasto mundo de amar!

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