Espreito o mundo, pela
fresta de meus olhos,
Tão vasto é o mundo, que
não consigo vê-lo todo,
Nem mesmo uma fração,
apenas o que enxergo pela fresta,
Pela tímida fresta de meus
olhos.
Espreito o mundo, no
compasso de meu coração,
Bate ele desacertado,
medindo tempos, sem sentido,
Rápido demais quando gozo,
lento demais quando sofro.
Mundo, vasto mundo, que
apenas espreito,
Mas que em mim existe
todo, como ânsia,
Como desejo.
Um mundo, vasto mundo, que
me desorienta,
Porque clama por mim, me
arrasta,
Mas se nega furtivo,
entregar-se aos meus desejos!
Mundo, vasto mundo, que
queria eu,
Fosse reduzido à cama de
amar,
Ao tempo de beijar, de
emaranhar-se,
Desesperadamente ao outro,
sem o qual,
Não sou eu, não sou
ninguém,
Nem faz qualquer sentido,
a vastidão do mundo!
Entendo então, que o
Mundo,
Este vasto mundo, só faz
sentido,
Se há um outro, que se
possa amar!
Que não é um outro apenas,
mas todos os outros,
Que posso espreitar, por
esta fresta, pequena,
Delicada, insuficiente,
Meus olhos, que de forma
oblíqua,
Descobrem, este vasto
mundo de amar!
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