Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Carta aos Escroques da Islamofobia que fazem o jogo dos racistas.





Carta aos Escroques da Islamofobia que fazem o jogo dos racistas.
Stéphanne Charbonnier

Sinopse:

Neste livro, Charb - um dos principais nomes que fizeram a fama da revista Charlie Hebdo, e defensor aguerrido da igualdade de direitos - reflete sobre sua preocupação em ver a luta antirracista ser substituída por uma luta pela proteção e a promoção de uma religião.
Porque o termo "islamofobia" sugere que é mais grave detestar o islamismo, isto é, uma corrente de pensamento perfeitamente criticável, do que os muçulmanos. E, se criticar uma religião não é um crime, discriminar alguém por causa da sua afiliação religiosa o é, sem sombra de dúvidas.
Trata-se de um opúsculo salutar que serve para mostrar que a palavra "islamofobia" só agrada aos racistas, islamitas radicais, políticos demagogos e jornalistas preguiçosos.

O que penso:

Neste livro Stéphanne Charmonnier, o Charb, diretor do irreverente Charlie Hebdo, poucas semanas antes de morrer, faz um verdadeiro libelo, um Manifesto pela Liberdade de Expressão. A impressão que temos ao ler o livro, de prosa rápida, leve, clara, atraente e instigante, é de que revivemos os escritos de Voltaire.
Quando não vemos a mulher que é estuprada, mas a muçulmana, estamos diletantemente espalhando a ideia de uma mal contada islamofobia. O Estado é laico, mas fica se preocupando com o que as pessoas vestem, com o “crime” de blasfêmia, com a ofensa religiosa. Tudo isto está absolutamente errado.
Negamos ao terrorista islâmico, ao jihadista, o único apodo que ele merece, que é o de ser racista. Quando um negro ou um judeu se auto-afirma, dizemos que isso é a luta pelo direito da minoria, mas se um branco o fizer, dizemos que é racismo.
Acusar a Igreja Católica pela inquisição é uma atitude intelectualmente aceita e estimulada, mas acusar as igrejas protestantes e evangélicas de queimar bruxas, destruir templos de umbanda, chutar santas é preconceito.
Os brancos, católicos e ocidentais são racistas, islamofóbicos, anti-semitas. As ações destes contra os homens brancos e católicos do ocidente são apenas e tão somente represálias pela submissão a que foram expostos tais povos.
A denuncia promovida pelo livro de Charb, escrito pouco antes de morrer por uma bomba plantada no Charlie Hebdo por jihadistas é a denúncia de toda esta hipocrisia. Desta confusão entre Estado e religião. No Brasil temos um presidente da Câmara de Deputados escroque, que tem um site de domínio com o nome de Jesus!?
Está mais do que na hora de fazermos leituras críticas e consequentes e reagirmos a esta palhaçada do politicamente correto, e ver o racismo onde ele está, contra quem ele se manifesta, alertarmo-nos das inversões históricas que estão se processando, sem que mudem as perversidades construídas e praticadas em seu nome.
Je suis Charlie.

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