Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Clivagens




Não sei se a cordialidade do brasileiro era apenas um mito.
Não sei se era a forma de mascarar nossas desigualdades.
Não sei nem mesmo se a história oficial que nos foi contada,
Apresentava um pouco da verdade vivida,
Ou apenas da verdade contada pelo vencedor,
Ou ainda, a verdade possível pela linguagem usada.

Mas sinto que nestes poucos anos, roubaram-me algo,
Roubaram a mim e aos brasileiros,
Sua cordialidade mesmo que fingida,
E não se pode esquecer que a hipocrisia é o cimento que permite,
A vida em sociedade,
A vida em grandes cidades!

Roubaram mais, roubaram a crença nas instituições,
Roubaram a fé que tínhamos nas igrejas,
Roubaram a crença de que havia nichos de seriedade!
Destruíram nossos sonhos de ver um país melhor,
Nos fizeram crer que somos condenados eternamente neste lodaçal!

FHC alegrou-se em entregar a faixa presidencial a um metalúrgico,
Que foi criado e incensado pelas CEBs e por Golbery, o mago,
Ninguém percebeu as falhas de caráter, ninguém se atentou aos vícios,
Agora ninguém se responsabiliza pelos maus exemplos,
Muito menos pelas dolorosas clivagens que se fizeram!

Vejo pobres que nunca terão uma defesa digna,
Marchando em defesa de um líder indigno!
Vejo palavras de ordem contra a perseguição,
A um líder que criou os mecanismos para perseguir,
Vejo que o discurso de nós e eles venceu!

Se é uma questão de nós contra eles,
Então só nos resta esperar pelo Bolsonaro,
Pelas viúvas do Collor e de Lula,
E então dividir, e clivar, e opor,

E esperar, até que o canhões falem!

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