Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Eros






Para saber,
Por que amor faz-nos...
Tão felizes que inconcebível?
Tão desgraçados que insuportável?
Basta que saibamos,
A origem de Eros!

Eros resume em si,
Todas as bem-aventuranças,
Todas as misérias,
Que nos afligem quando amantes.

Seu pai era um deus...
Poros, deus da abundância.
Sua mãe Penia, que resumia,
Em si toda carência, falta e miséria,
Humana, não divina.

Assim, quando assombrados pelo amor,
Ou, antes, plenificados pelo amor,
Somos divinamente informados
Por uma abundância de afeto.

Mas assim também, marcados,
Cumulados, de sofrimentos,
De faltas e de ausências,
Resumidos nas carências humanas!

Assim, amar, sofrer de Eros,
É viver a divindade e a plenitude,
Sentidas de forma humana,
Como carência, falta e dor.

Morremos então de amor,
Todos os dias que nos sentimos,
Plenamente despertados pelo outro,
Mas absolutamente carentes da presença,
Da constância e da admiração do amado.

Que Eros sempre nos traga,
Abundâncias e carências,
Tantas quantas necessárias,
Para transcender o eu,
Por um nós, que seja tudo.

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