Muitas vezes buscamos nos outros a solução para nossa
felicidade, para nossas angútias. Apenas nós mesmos podemos encontrar as razões
que nos sustentem e nos tragam felicidade e alegria! Exigir do outro que o faça
é transferir e destinar um pesado encargo, um fardo injusto! Não pensamos isto
apenas por nossas mazelas e por nossas faltas, mas por todos que cercam de
humanidade cada um de nós! A tristeza é um estado que vivemos e escolhemos, a
tristeza é uma forma de exercício de poder e de projeção de culpa! Perversamente
a tristeza, a angústia e a dor podem se tornar o objeto de prazer! A
expectativa de que o outro todo o tempo nos console e seja responsável por
nossa felicidade é escravidão para nós e para o outro! Por ser falta de liberdade
e de escolha, afasta aqueles que são livres, aproxima os que são escravos de si
próprios e de suas certezas! Devemos refletir, que o que verdadeiramente
aproxima e afasta as pessoas é a liberdade e a felicidade que proporcionamos, e
quando nos vemos sozinhos não devemos temer reconhecer nossas
responsabilidades! Ao forte sempre a força! Ao fraco sempre o abandono! Não
porque assim tenha que ser, mas porque é assim que escolhem o forte e o fraco!
E importante é perceber que amor é doação gratuita, é desejo de ser feliz e não
pode ser curativo do sofrimento e da dor do outro! Amor que pressuponha ou
exija reciprocidade não é amor, é contrato, está nun nível de compreensão e de
sentir distinto do amor que compreendemos como verdadeiro. Impossível que ainda
não percebamos, impossível que ainda acreditemos nos poderes demiúrgicos do
outro e não percebamos nossas responsabilidades em nossas próprias vida! Não
podemos, e muitas vezes não queremos o que é o mais saudável, sustentar ou dar
alegria àquele que não a encontra em seu próprio exisitir. Não há sentido em
existir, não há sentido na vida, nada há que nos seja dado como natural, o que
há, é o desejo de viver intensamente o amor, a troca gratuíta, a beleza e a alegria
de um novo dia, que pode ser o último, ou apenas mais um, mas que importa?!
Amar é doação, amar é felicidade, se o que sinto não
me faz doar-me, não me faz feliz, não é amor, é outra coisa, que desfaz do
amor, que desfaz da vida! Operar a transformação em nós mesmos é o milagre de
romper com nossas cadeias, com nossa escravidão do medo e da tristeza!
A vida vale a pena só por hoje!
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