Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Uma mensagem




Recebi uma mensagem,
Dizia apenas:
"Pede agora, pede!"
Fiquei imaginando,
O que deveria eu pedir?
Pensei, pensei,
Passei muitos dias pensando,
O que eu deveria pedir!
Soou-me como uma ordem,
Ordens, são para ser cumpridas!
Soou-me como a ordem,
De uma mulher...
Apaixonada!
Soou-me como premência,
Premência de um amor...
Intenso, magoado!

Pensei, até quase me desesperar,
Para saber o que deveria pedir,
Com tanta veemência,
Com tanta premência,
Com tanta urgência!

Mas sempre soube,
Que a mensagem,
Vinha do Acre,
Sei que o Acre não existe,
Pelo menos para mim,
Pelo menos para alguém,
Que pudesse pedir,
Seja lá o que for, para mim!

Sim, a mensagem era do Acre,
Mas sempre desejei,
Por motivo plausível nenhum...
Que fosse para mim!

Já se passam mais de dez dias,
E ainda penso,
O que eu deveria pedir?
Lamento tanto,
Lamento profundamente,
Um lamento silencioso e casto,
Mas lamento sim,
Não ter sabido,
E morrer sem o saber,
O que eu deveria ter pedido!

Nem agora posso pedir,
Mas sinto uma tristeza funda,
Da dor dela, ao saber que eu,
Não lhe pude pedir,
O que esperava que lhe fosse,
Tao ordenado e sincero,
Pedido!

Que pena que o Acre não existe!

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