Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

segunda-feira, 2 de julho de 2012

António Pinho Vargas

 
A música é uma arte absolutamente impressionante porque humana, plenamente humana em suas angústias, em suas apoteoses, em seus fracassos. Para quem não conhece António Pinho Vargas, compositor português, está na hora de conhecer a sua música, que inexplicavelemente nunca teve divulgação no Brasil, mas agora está acessível no iTunes Store.
António Pinho Vargas nasceu em 1951 e licenciou-se em História pela Faculdade de Letras do Porto, tendo concluído o Curso Superior de Piano no Consservatório de Música da mesma cidade. Obteve mais tarde o mestrado em Composição pelo Conservatório de Música de Amsterdam, Países Baixos, na condição de bolsista da Fundação Caloustre Gulbenkian. O doutorado foi alcançado em 2010, em Sociologia da Cultura na secular Universidade de Coimbra. A tese defendida com louvor no contexto coimbrão teve como título: Música e Poder: para uma sociologia da ausência da música portuguesa no contexto europeu, tese publicada em 2011 pela Almedina.
Exerceu variada, complexa e profícua carreira que tem suas projeções na arte, na política e na carreira de professor. Como professor esteve na Escola Superior de Educação do Porto de 1990 a 1992, na Escola Superior de Música de Lisboa a partir de 1991. Foi assessor da Fundação Serralves entre 1994 e 2000 e do Centro Cultural de Belém entre 1996 e 1998, foi ainda membro do Conselho de Fundadores da Casa da Música de 2006 a 2008 e recentemente Professor Colaborador da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra de 2009 a 2011.
Tem uma variada e vasta discografia da qual se destaca 8 discos de jazz sendo os duplos Solo de 2008 e Solo II de 2009 peças de raro encantamento musical. Destacam-se ainda operas e quartetos de cordas.
Premiado com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique em 1995, recebeu entre outros prêmios o José Afonso em virtude do disco Solo II, e pela Universidade de Coimbra recebeu prêmio destacado em virtude da sua contribuição inestimável à música contemporânea.


Solo e Solo II são belíssimos e devem ser ouvidos sem pressa, com grande encantamento!

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