(foto para o Planalto)
A
sargentão Dilma começou seu período presidencial quase que irretocavelmente,
nada podíamos falar, porque parecia desempenhar as funções de chefe de governo
de maneria bastante adequada.
No
entanto, começou a descarrilar já a partir do segundo semestre de 2011. Hoje a
FOLHA nos brindou com a notícia de que a presidente Dilma Rousseff fez ontem
uma recomendação ao presidente do PRB, bispo Marcos Pereira:
"Por favor, não me faça aliança com
partidos que não são da base do governo".
Meus
queridos cidadãos, um partido que tem como presidente bispo, não é partido, já
que mistura o título administrativo religioso bispo com presidência de partido.
Mais, além de ser uma aberração num Estado Republicano, em que se deve
incansavelmente separar a religião e o Estado, ficamos no Brasil sempre a mercê
de engodos. Bispos são os sucessores da tradição apostólica, este sujeito, o
Marcos Pereira, pode ser qualquer coisa, mas bispo não é, melhor seria gerente
administrativo da igreja tal! Não respeitamos tradições, não respeitamos
valores e enganamos o povo, misturando religião e poder!
Dilmão
em sua ação “rolo compressor” que busca eleger o ex-ministro incompetente
Hadad, aliado de Maluf em São Paulo (quero esclarecer que até o apoio de Maluf
a Hadad eu o admirava, hoje, como deixei de torcer pelo Vasco da Gama de Eurico
Miranda, deixo de ser admirador do Maluf lulista), buscou envergonhada o apoio
do Edir Macedo, aquele que é suspeito de várias coisas, fazendo fotos que
escondem a ligação espúria. Não foi Stalin que expurgava desafetos das
fotografias?
Dilmão
mandou o recado, que foi relatado pelo próprio Pereira sem nenhum
constrangimento, tendo acontecido seis dias depois de um jantar entre ele e o
candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra. Ficamos todos hoje
surpresos pelo fato de desde as Revoluções Americana e Francesa termos buscado
incansavelmente a separação do Estado e da Igreja, e agora, com a maior
naturalidade vermos bancadas evangélicas, partidos de evangélicos, políticos
fazendo alianças com “bispos”. Isto soa como escárnio.
O
que o Marcos Pereira entendeu:
"Ela fazia alusão ao encontro com Serra.
Para bom entendedor, uma palavra basta".
Por
quê? A alusão é republicana? A alusão é democrática? Ou a alusão denuncia o
favorecimento, o loteamento do Estado? A utilização espúria da religiosidade e
da fé dos evangélicos para apropriação pessoal do Espaço Público?
(foto para a posteridade?!)
O
tal Marcos Pereira abordou o tema durante visita da presidente aos estúdios da
TV Record, em Londres, onde sem nenhum decoro e pudor fez questão de manter
reunião reservada com o dono da emissora, Sr. Edir Macedo, e integrantes da
cúpula da Record.
A
presidente candidamente afirmou que pedirá votos onde já há polarização
oposição versus governo, mas que vai
esperar o cenário se desenhar nas cidades onde a base tem mais de um candidato.
Viva
a República! Viva a indecência!
Pergunta
que não quer calar:
Onde
está a oposição democrática e republicana?
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