Na FOLHA deste domingo, um jornalista que se tornou
nos anos 90 um referencial de seriedade e de denúncia de malfeitos, dá um
exemplo de fossilização ideológica, o que aniquila a seriedade do que escreve.
Alega que em documento da Embaixada dos Estados Unidos
em Assunção enviado ao Departamento de Estado, em março de 2009, desmentria a
alegação de que a derrubada de Fernando Lugo fosse a reação à inaptidão
presidencial por toda a sua apatia e incapacidade administrativa.
Quando temos um regime parlamentarista, os estamentos
políticos representados no Parlamento, ao se depararem com a incapacidade do
governo, promovem o que conhecemos por Voto de Confiança. Se este não
acontecer, o gabinete cai, e se as forças políticas não conseguem formar um
novo, convocam-ce novas eleições.
No regime presidencial, em que se confundem chefe de
Estado e chefe de Governo, o único mecanismo político democrático para afastar
um presidente incapaz é o impeachment, muito mais traumático, muito mais
difícil, mas mesmo assim, um processo constitucional.
As conspirações palacianas sempre existiram e sempre
existirão, porque parte da política real. Alegar que a ideia de que houve uma
ação legítima e constitucional, no afastamento de Lugo, desaba sob a prova da
longa conspiração,” não só é falsa, mas de uma ingenuidade terrível, o que
macula a carreira de Jânio de Freitas.
Hoje na mesma folha o respeitado historiador Francisco
Doratioto que escreveu Guerra Maldita sobre a Guerra do Paraguai, esclarece
porque houve o impeachment e mostra claramente o respeito ao processo
democrático e à constituição paraguaia!
Jânio de Freitas parece a velhinha de Taubaté,
acreditando na teoria da conspiracyo, acreditando em teorias da conspiração,
fazendo-nos crer que o Wikileaks é a fonte absolutamente irreprochável de toda
informação relevante no mundo! Documentos secretos tão facilmente revelados,
devem ter algo de mais secreto por trás? Que bela teoria da conspiração para
defender o indefensável bispo prolífico e pedófilo.
Como diz o jornalista em sua coluna apesar de
informado sobre a conspiração desde cedo, o governo dos Estados Unidos não
produziu nenhum indício de defesa da democracia paraguaia.” Não produziu e não
devia produzir, porque houve respeito ao processo democrático, dentro dos
marcos politicos do Estado Paraguaio, e mais que isso, porque ao contrário do
Brasil, não interviu nos assuntos internos do Paraguai.
Ao contrário do alegádo na coluna, os Estados Unidos
foi mais democrático, respeitou mais o povo do Paraguai, sua soberania e sua
constituição do que o Brasil. E se os Estados Unidos sabiam desde 2009 o que
ocorreria, que belo serviço diplomático e de informação tem o Brasil, que foi
incapaz não só de fazer, mas de saber o que ia acontecer no seu quintal!?
Jânio de Freitas, os Estados Unidos se adiantaram a
reconhecer Federico Franco, porque ele é o legítimo governante constitucional
do Paraguai, e porque enquanto o Brasil participava de uma reunião de chicana
em Mendoza, os EUA aumentavam sua influência nas barbas do nosso perdido e
atordoado país!
É assim, quem não tem competencia não se estabelece.
De candidato a membro permanente da ONU, somos hoje candidatos permanetes a
secundar Kirchner e Chávez.
Uma coisa nunca antes vista na história deste país!
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