O Paço Imperial que é espaço de memória privilegiado,
remetendo a um tempo em que o Brasil era antes de tudo uma exceção no concerto
de ditaduras militares instáveis, recorda a construção brilhante de um edifício
politico único pelo povo português.
A origem do palácio remonta ao final do século XVII, mais
precisamente1699, quando a Casa da Moeda foi construída para fundir o ouro
proveniente das Minas Gerais, na proximidade do mar, permitindo maior
facilidade na exportaçãoa do ouro que vinha das Minas Gerais. Em planta
datada de 1713, o Armazém Del Rey já aparece com essa denominação, remetendo ao
local onde eram guardadas armas e munições reais, bem como onde se daria o peso
e separação do quinto.
Com a instalação da capital do imenso território luso
na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, ficou a construção conhecida como
Palácio dos Vice-Reis, tendo sido usado, entre outras funções, como cocheira
para cavalos e carruagens.
Com a chegada da Rainha Dona Maria I e do regente Dom
João ao Rio de Janeiro passou o Paço a sede do Império Português, ou seja, dos
governos do Reinado e do Império. Nele aconteceram a elevação do Brasil a Reino
Unido de Portugal e Algarves em 1815, nele se deu a aclamação de Dom João VI
como rei de Portugal, nele se deu o juramento da Constituição Liberal do Porto
de 1821 e por fim a aclamação de Dom Pedro I.
Após o vergonhoso golpe militar que instaurou a
República, nele foram instalados os Correios e Telégrafos, tendo sido
abandonado como forma de supressão da memória histórica imperial. Em
1938, foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e hoje é
um dos marcos da história cultural da cidade.
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