Durante
o Governo de Fernando Henrique Cardoso, o modelo de tratamento da AIDS no
Brasil sempre foi tido como modelo de política de saúde pública em todo o
mundo.
Veio
o Governo Lula da Silva, e como ele sempre diz, pela primeira vez na história
deste país temos um programa que é tido ainda como um modelo de política de
saúde no que tange ao tratamento e prevenção da Aids, mas agora ele vive uma
fase de declínio, no tempo que ficou marcado pela homenagem a Lula da Silva em
2010 pelo programa, que já mostrava o seu abandono.
Verdade
é que o programa hoje precisa de um "replanejamento", alertam
especialistas do setor. Um destes experts, Pedro Chequer coordenador no Brasil
do Unaids, o programa da ONU contra a Aids, esclarece:
"O
programa brasileiro tem que ser revisitado. Deve haver uma reflexão profunda
sobre a nova realidade da epidemia do país, e um redesenho das estratégias com
vistas ao acesso universal (ao tratamento)".
Uai!
Mas já não existia este acesso Universal? Ou o decreto indecente da Presidente que
vetou o acesso de quem não é atendido no postinho de saúde aos medicamentos da
rede pública também se aplicou ao tratamento da AIDS? Ou ainda, precisa o
programa de reflexão profunda, mas como se neste governo do PT não há reflexão
alguma, planejamento algum?
Sinto
dizer, mas enquanto Lula da Silva estava sendo premiado pela obra de FHC, os
especialistas dizem:
"Não
podemos ficar na percepção de que o programa caminhou bem e está bem. Temos
desafios novos e eles têm de ser enfrentados."
Não
podemos, mas já ficamos, por quê? Ora, porque num governo fascista o que manda
é a propaganda. Hoje temos no Brasil como presidente a mãe do PAC, como se
todos fossemos órfãos e acéfalos. Só que o PAC 1 foi um fracasso, e o PAC 2 não
saiu sequer das especulações. Bem dizia Goebbels, repetir uma mentira mil
vezes, é fazê-la verdade. Taí o segredo de nunca antes na história deste país!
Importante
assinalar e não esquecer nunca, que o Programa Nacional DST/Aids começou a
chamar a atenção do mundo em 1996, quando o Brasil se tornou o primeiro país em
desenvolvimento a determinar, por lei, o acesso universal à terapia
antirretroviral. Quem era o presidente? Fernando Henrique Cardoso.
Entre
2003 e 2005, o modelo de tratamento e prevenção criado no Governo FHC, vamos
repetir, FHC, foi reconhecido por prêmios da Fundação Bill e Melinda Gates, da
Organização Mundial da Saúde e da Unaids. Os resultados costumavam ser
apresentados em encontros internacionais, como a Conferência Internacional de
Aids, em andamento até sexta-feira em Washington.
Mas
de repente, não mais que de repente, a imagem positiva que se mantém, não
consegue obscurece o aumento das denúncias de organizações da sociedade civil que
vem alertando para uma realidade mais dura no âmbito local, de desorganização,
falta de planejamento, estagnação científica e da prevenção.
Como
sempre na história deste país, reforçado pelo Lulo-petismo fascista,
verificamos que os problemas que vêm sendo apresentados consistem em falta de
médicos, leitos e exames para os pacientes; de medicamentos para tratar doenças
causadas pelos antirretrovirais; de recursos para ONGs (não para aquelas que
desviam dinheiro para os políticos do partido do governo é claro!); bem como
episódios de desabastecimento do coquetel em postos de saúde, obrigando os
pacientes a interromper o tratamento, o que é rematado assassinato.
Quando
vemos as constatações do pesquisador Eduardo Gomez, da Universidade Rutgers de
Camden, em Nova Jersey, fica claro que a história de sucesso do programa
brasileiro de Aids entrou em declínio nos últimos anos por fatores como a saída
de recursos internacionais e o enfraquecimento da relação entre o governo e a
sociedade civil. Que coisa surpreendente, enfraquecimento do governo popular,
que faz tudo como nunca antes na história deste país, e que vira as costas para
a sociedade civil, porque pedante, desorganizado e absolutamente sem rumo. Mas vejamos
o que ele diz:
"Historicamente, o programa de Aids
brasileiro tinha uma conexão forte com as ONGs, mas agora elas estão sem
recursos e sem motivação. O governo precisa delas para conscientizar populações
difíceis de atingir".
Não
fosse uma constatação vergonhosa, seria de se perguntar qual a pena para os
criminosos que expões assim a vida dos brasileiros.
Farta
está a constatação do descaso político com que o PT vem tratando os doentes de
AIDS e a política de prevenção, e podemos assinalar que o psicólogo Veriano
Terto Júnior, coordenador-geral da Associação Brasileira Interdisciplinar de
Aids (Abia), denuncia um desmantelamento na resposta brasileira à Aids.
"As pessoas estão morrendo, as ONGs estão
fechando as portas, os hospitais estão terríveis e o governo federal está censurando
suas próprias campanhas".
O
Governo do PT não é republicano, o Governo do PT sucumbe a pressões evangélicas
numa confusão indecente entre Estado e Religião, que se mostra a cada dia, mais
intensa e que por tal, traz cada dia, mais sofrimento, numa atitude
irresponsável. Ao mesmo tempo em que o Governo do PT estimula o racismo,
privilegia o preconceito. Como não temos oposição, a cada dia o nosso povo tem
mais a saúde que merece, ou seja, nenhuma!
Cabe
salientar que segundo o IPEA/DISOC enquanto em 2000 no governo FHC o Governo
Federal investia 1,6% do PIB em saúde, já em 2005, no governo Lula da Silva o percentual
foi minguado para 1,1% do PIB. Agora sabemos por que, o que nunca deixamos de
suspeitar, vem acontecendo com a piora dos indicadores de saúde.
Um
governo desgovernado, sem planejamento, só pode viver de propaganda. Mas os
números não mentem!
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