Desde que a população brasileira optou por eleger
governos do PT, o aparelho de Estado vem se desagregando e a importância
política do Brasil vem diminuendo.
Élio Gaspari sabiamente hoje nos lembra que é hora de
a presidente Dilma e o chanceler Antonio Patriota, expert em fazer patriotadas,
deveriam olhar para a confusão em que se meteram no Paraguai como um alerta
sobre a incompetência da ação externa do nosso país.
Há necessidade imediata de que comparem os próprios
erros que praticaram por incompetência e inaptidão com outro episódio, ocorrido
em 1996 e que a historiografia esqueceu por sua discrição e brilhantismo,
quando as ações políticas não só deram certo, mas foram a causa da manutenção
da democracia no vizinho Paraguai que à época era assediado pelos revoltosos
liderados pelo famigerado Oviedo.
Não é 1996 e o presidente não é e nem tem a estatura
de Fernando Henrique Cardoso. Assim, tristemente vimos que durante as
festividades da Rio+20, quando vimos indios que destruiam florestas com
queimadas e viviam em estado de beligerância com seus vizinhos, comendo-os
sempre que possível, desfilaram de vedetes da natureza.
Vimos na mesma Rio+20 senador cantando mal e
porcamente em Inglês, mas ele já é folclore. E vimos a dupla Dilma e Patriota
serem surpreendidos, quando os Estados Unidos já sabiam de tudo desde 2009,
segundo informações de Jânio de Freitas e do Wikileaks (rsrsrsr), que a Câmara
dos Deputados aprovara a abertura do processo de impedimento do presidente
Fernando Lugo por 76 votos a 1, isto mesmo, 76 a 1! Como é que um presidente
governa tendo a confiança de apenas um deputado? Como é que um presidente no
poder consegue ter mais de 98% dos representantes do povo contra si? Tem que
ser muito incompetente, e por isso mesmo, afastado.
Nos recentes episódios o nosso Ministro das Relações
Exteriores, ou seria melhor dizer, nosso Ministro das Sujeiçoes ao Exterior,
foi mandado ao Paraguai, lá não conseguiu saber da gravidade da situação, lá
não encontrou motivos para alarmar-se, lá decidiu que não havia nada a fazer!
Ou não havia nada a fazer mesmo, porque o presidente
já não gozava de legitimidade para governar, e o processo seria legítimo e
constitucional ou, deixou que acontecesse para suspender o Paraguai e colocar a
Venezuela no Mercosul!
Se o processo era legítimo e constitucional e o Dr.
Patriota reconheceu que o bispo prolífico e possivelmente pedófilo já não tinha
condições de governar, e daí é uma palhaçada, com desculpa aos palhaços que nos
fazem rir, a reação do governo brasileiro.
Ou, deixaram que o processo prosseguisse no intuito de
suspender o Paraguai e colocar a Venezuela no Mercosul, o que é um ato
vergonhoso, um golpe no Mercado Comum, um abuso e uma violência contra a
sobernia do Paraguai.
No entanto se compararmos com o que aconteceu em 1996,
fica mais patente ainda a incompetência da atual presidente e de nosso Ministro
da Sujeição ao Chávez e à Cristinha.
Naqueles anos 90, era presidente eleito do Paraguai,
Juan Carlos Wasmosy. Também naquela época havia um militar saudosista do
período Stroessner que a qualquer custo gostaria de governar o país vizinho a
partir de um golpe, instaurando uma Ditadura Militar.
Tais ditaduras muito conhecidas da América do Sul são
uma praga herdada da desconstrução do Império Espanhol e que contaminou o
Brasil a partir de 1889.
Ora, no mês de abril de 1996, o presidente Juan Carlos
Wasmosy tinha informações de que o comandante do Exército, Lino Oviedo,
pretendia derrubá-lo em golpe de estado incruento.
Pediu apoio ao Brasil, naquele momento governado pelo
mais importante presidente que este país já teve, e o embaixador Márcio Dias
disse-lhe de forma clara que Fernando Henrique Cardoso não concordaria com um
golpe.
Por óbvio, retórica é muito bonito, mas dizer que o presidente
do Brasil não permitiria, e dizer nada era a mesma cois.
Wasmosy queria mais e queria ouvir pessoalmente,
porque Brasília era a capital mais imporante da América do Sul (hoje é Buenos
Aires ou Caracas – se o Chávez não estiver em Cuba).
O diplomata acertou com o presidente paraguaio que ele
iria a FHC, no que foi recebido pelo então chanceler Sebastião do Rego Barros (
que como assinala Élio Gaspari dirigia seu próprio carro) e seguiram para o
Palácio da Alvorada.
Não só conversou com FHC como o presidente brasileiro
entrou em contato com seu colega Bill Clinton que esclareceu a Wasmosy que
havendo ameaça de golpe, deveria ir para a embaixada americana.
Oviedo deu o ultimato e anunciou que atacaria o
palácio ao amanhecer nas calendas de maio, coisa que já vimos por aqui. Wasmosy
foi para a embaixada Americana como combinado enre FHC e Clinton com o ato de
renúncia redigido. Márcio Dias nosso embaixador em Assunción rasgou-o. O dia
amanheceu e graças à atuação firme e responsável do Brasil e dos EUA o golpe
evaporou-se.
Mais importante que tudo foi que estes fatos
aconteceram sem holofotes, trapalhadas, patriotadas e bravatas e resultou no
fortalecimento do Brasil. Agora, tudo feito errado, resultou no nosso
enfraquecimento, no fortalecimento dos Estados Unidos, e na nossa sujeição à
Kirchner que na falta de miçangas e espelhinhos, nos deu retratinhos do Lula da
Silva, como se deles já não estivessemos fartos.
Diz em anotação irretocável Élio Gaspari:
Uma diplomacia profissional, a americana, falou o mínimo possível. Resultado: a
doutora Dilma e seus companheiros fizeram a empada, compraram a azeitona, deram
o mimo aos americanos e ficaram com o caroço. Como dizia o chanceler Azeredo da
Silveira, atravessaram a rua para escorregar na casca de banana que estava na
outra calçada.
Não é por nada, mas lá e cá temos presidentes incompetentes,
mas lá tem um Congresso soberano, aqui tem 300 picaretas, excetuados aqueles
que já estão sendo processados pelo Mensalão.
E olha que quem disse isso foi o Lula da Silva!
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