Muitas
vezes cremos,
Que não
há amor mais sincero,
Que o
amor filial!
Cremos
estupidamente,
Que nossos
filhos nos amam,
Que nossos
pais nos amam,
Que nossos
irmãos nos amam!
Até
que ouvimos...
Este é
teu projeto,
Fazer qualquer
coisa por você...
É um
preço muito alto!
Porque
tudo que é feito...
Recebido,
Compreendido,
Sentido...
Sem amor...
É Sempre
e Necessariamente...
Muito
caro!
Amor é
doação!
Amor é
participação,
Amor é
admiração,
Amor é
respeito!
Mas de
repente...
Muito
de repente...
Percebemos!
Não
somos amados, porque:
Não
respeitados!
Não admirados!
Morrerei?
Não! Talvez! Com certeza!
Mas, agora, me resta...
Ficar mais dolorido,
Mas, agora, me resta...
Ficar mais dolorido,
Envelhecerei
sem remédio,
Ficarei
em farrapos!
Meus
destroços,
Pavimentarão
a estrada de minha dor,
O utilitarismo
frio e calculista do amado,
Deixará
em mim, cicatrizes,
Lancinantes
e desfigurantes marcas,
Carrego,
em mim um peso imenso,
Um peso carregado de dor,
Um peso
pleno de abandono,
Um peso
de um nada que me legam,
Os que
sempre amei!
Nada me
consola,
Nem mesmo
a certeza,
De que
tudo fiz por amor!
Errei,
sim errei,
Erro
sempre, porque faço muito,
Para não
errar, bastaria nada fazer,
Como aqueles
que restam amados!
Sangro,
e meu sangue,
Mede a
passagem do tempo!
Em gotas
dolorosas,
Espessas,
que mesmo,
Misturadas
com as lágrimas,
Que já
não consigo chorar,
Não deixam,
de ao secar,
Marcar
meu rosto, com...
Uma máscara
de abandono!
Merecemos,
Estamos
sempre onde devemos estar,
Temos sempre
o que merecemos,
Às vezes
pelo simples ato de amar!
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