Ando
pelas ruas,
Procuro
nos rostos,
Rostos estranhos um algo,
Rostos estranhos um algo,
Um algo
que me diga,
Quem sou?
Quem és?
Busco algo,
por que,
Por quem...
Por quem...
Apaixonar-me...
Agora...
Amanhã...
Sempre!
As
ruas, caminhos?
Vazios,
dentro de mim,
Cheios
de pessoas,
Que não
fazem parte,
De mim,
Dos meus
sonhos,
Do que
creio,
Sou como
um estranho,
Um estranho de mim mesmo!
Um estranho de mim mesmo!
Pelas ruas,
Apaixono-me,
Mas sou
visto como vilão.
Ameaçador, desconhecido...
Ameaçador, desconhecido...
Não posso
falar o que sinto,
O que
vejo...
A rua
é um espaço hostil,
Um espaço
de estranhamento...
Onde todos
querem reinar,
Onde todos
querem se impor!
A rua
é um lugar de conflito,
Um lugar
de disputa de nossas vaidades,
A rua,
vazia de mim,
A rua
que quer se impor a mim!
Como
terei coragem,
De sair
à rua amanhã?
Se posso
sentir-me,
Ainda mais
só,
Ainda mais
abandonado,
Ainda mais
agredido?
Aristóteles
acreditava,
Que
éramos homens,
Mulheres
da Polis,
Mas se
enganou,
Somos tribais,
A polis
é uma necessidade,
Uma violência
irreparável!
A
pólis, a cidade a rua,
Uma forma
de nos roubar...
A humanidade que existe em nós.
Ainda
ando pelas ruas,
Mas elas
já não me levam,
A lugar
algum,
Porque
apenas...
Podem me
levar ao meu vazio.
Ausente
de mim toda humanidade!
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