Minh’alma
atormentada
Por quê?
Porque olho
em torno de mim,
E vejo
tantas promessas,
Tantos amores,
Tantos desejos,
Tantos pertencimentos,
Incapazes de
vencer o tempo!
O que
fizemos de nossas existências?
O que destruímos
com a ausência de valores?
O que
deixamos de entender com tudo que construímos,
Para consumir?
Para usufruir?
Para possuir?
Minh’alma
atormentada,
Dói, tão
intensamente,
Que perturba
meus pensamento,
Que embaralha
meus quereres,
Que me
torna escravo de analgésicos,
Orais,
Oculares,
Auditivos,
Olfativos,
Gustativos,
Todos, sem
espanto,
Tornados exagerados,
Ao ponto de
consumir-me...
Neles,
plenos,
De um
imenso vazio!
Minh’alma
atormentada,
Aponta,
Soturna,
Um abismo,
Que renego,
Apenas pelo
amor que sinto,
Mas que me
fere,
Tornando,
Ainda mais
atormentada,
Minha pobre
existência!
Minh’alma
atormentada,
De que vale
ela,
Senão por
seus próprios tormentos,
Por suas
próprias dores!
Minh’alma
atormentada,
Permita-me,
Deixar de
existir,
Para me
bastar,
Tão somente,
Pela falta
do que me bastaria!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sentir, Pensar, Expressar! A Intenet tornou possível a qualquer homem, a qualquer mulher, expressar tão livremente seu pensamento e seus sentimentos, quanto o são em realação ao seu existir! Eis o resultado!