Tempo que
me afasta,
Tempo que
me deserda,
Tempo que
me falta,
Tempo que
me olvida,
Tempo que
não faz sentido...
Penso no
tempo, todo o tempo,
No tempo
que não tenho,
Para dizer-te
mil vezes, que te amo,
Penso neste
tempo, em que te ausentas,
De mim, de
ti,
Penso neste
tempo que se perde,
Em cada
momento que não há sentido,
Num existir,
complacente,
Com a
ausência de teu beijo,
Com a
ausência de teu olhar!
Um tempo
que me condena,
Cada instante,
mais próximo,
Do silêncio,
sombrio, final,
Do momento,
em que não haverá mais tempo,
Porque não
mais existirei eu!
Tempo, por
que escapas,
Tão havido,
tão solerte,
De minha
existência,
Se quem dá
significado à tua passagem,
É simplesmente
esta existência,
Frágil e
miserável,
Que vive de
faltas e ausências,
Denunciadas
pelo tempo,
Que se
nega, a devolver-me,
Quer a
esperança,
Quer a
presença,
Da amada!
Tempo,
estás ausente,
De mim,
Do
Universo,
Mas inexorável
no relógio,
Que bate ao
compasso do coração,
Dos amantes,
Dos solitários,
Dos sofredores,
Das lágrimas!
Tempo,
Medida cruel,
Régua de
nossa insignificância,
Alerta, do time out,
Tempo,
Senhor
impiedoso,
Esfola-nos vivos,
Deixando nossos
cacos pelo caminho.
Deixando
nosso existir esgotado pelo nada,
Do que
poderíamos ser,
E nunca
seremos, por que?
Não há
tempo!
Tempo,
para!!
Mas se
parar, morro...
Tempo
cruel!
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