Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Desencantamento




O desencantamento do mundo que Max Weber havia anunciado no início do XX, continua a progredir, produzindo a desumanização do homem.
Nada mais é sagrado, porque a sacralidade do humano é parte da magia que atribuímos ao mundo que nos cerca. Avançamos nas técnicas de domínio das forças da natureza, a submetemos aos nossos desígnios de obter energia, alimento e subprodutos, para a produção de uma gama infindável de objetos dos quais nenhuma necessidade temos.
A tecnologia não está mais a serviço das necessidades humanas, mas apenas a serviço de sua própria e ensandecida reprodução, sem qualquer medida humana que lhe ponha um limite aceitável.
Penso o que nos sucederá quando um colapso qualquer afetar a Internet, ou a energia do mundo esgotar-se abruptamente num passo de mágica, ou quando não pudermos mais ligar computadores, acessar nuvens, o que seremos nós!
Estamos caminhando para o abismo, um abismo ainda mais profundo do que o da ignorância, um abismo habitado pela incapacidade de imaginar e pensar para além do que a tecnologia nos permite sonhar!
Acreditamos que os provedores, as nuvens e os gadgets estarão sempre prontos a funcionar, mas isso não é absolutamente verdade!
Os chineses acabaram de pisar na lua, e ainda há seres humanos que creem ser uma fantasia a viagem da Apolo 11.
Os humanos foram muito além de sua condição de verdadeiros primatas, mas esqueceram de levar junto em sua bagagem a magia do extraordinário, a ideia, a convicção do pertencimento a uma realidade divina, que existente ou não, é apenas e tão somente a garantia de que existimos para além de uma natureza que é em tudo, melhor que nós!

O desencantamento do mundo é o que permite a Jihad, o Papa Francisco e o Muro da Cisjordânia. Torcemos o nariz para Bento XVI, mas ele era a única fonte de sanidade e santidade, num mundo politicamente correto e absolutamente abandonado por Deus!

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