Estava
tranquilo, receptivo,
Foi
ao encontro dela, e apenas desejava,
Estar
com ela.
Entraram
no carro, ele quieto,
Um
bem estar beatífico,
Satisfeito
pela companhia!
Ela
agitada, querendo saber,
Sempre
saber, o que ele pensava!
O
que você está pensando? Perguntou ela...
Nada...
respondeu ele despreocupado.
À
resposta, ela indignada, perguntou,
Como
nada?... era impossível que nada estivesse pensando.
Seguiram-se
mais de 40 minutos,
De
diatribes, de invectivas,
De
questionamentos, de verdades lançadas,
De
suspeitas mal formuladas, de certezas dogmáticas.
Mas,
ele não pensava em nada...
Alheio
e arredio ao conflito, decidiu-se pelo silêncio!
Mas
o silêncio era o combustível do qual ela,
Alimentava
a sua fúria pelo nada pensado por ele.
O
silêncio amplificava sua demente angústia,
Em
obter respostas e certezas...
Mas
ele, que de um estupor beatífico,
Passara
a um calvário rumoroso,
No
silêncio de seu próprio pensamento esvaziado,
Apenas
queria livrar-se da tortura inquisitorial,
A
que ela, em nome do amor o submetia!
Mas
como amor, se era sofrimento,
Como
amor, se era incompreensãoo,
Como
amor, se era tortura...
Ele
não entendia, e terminado o trajeto,
Deu-lhe
um beijo no rosto,
Seguido
de mais invectivas e violência verbal,
Seguido
de um selinho, que determinou nova,
E
mais vulcânica violência verbal,
Até
que resolveu, ele, sair do carro!
Deu
alguns passos, sentiu uma premência,
Uma premência nunca antes sentida,
Acelerou
o passo, cresceu a ânsia,
De
distância, de paz, de sossego,
Começa
a correr, desabaladamente,
Desesperadamente,
Para
um lugar,
Onde
possa, tão e simplesmente...
Pensar
em nada!
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