Dia de festa, encontramos muitos sorrisos, alguns
contrariados, outros falsos, alguns constrangidos, outros tangidos pela
necessidade, outros escondendo uma realidade dolorosa.
Não se trata de hipocrisia, aquele que não sabe sorrir
e mitificar seu sofrimento, ou sua maldade, ou ainda seu indizível desamor da
humanidade, não compartilha com a humanidade a capacidade de se reinventar
sempre, de buscar sempre se recriar, de levantar cada dia, como se tudo pudesse
recomeçar do zero.
Somos assim, podemos nos reinventar, estamos neste
planeta de polo a polo, de temperaturas acima de 60º Celsius, a temperaturas
abaixo de 40º Celsius. Estamos espalhados por desertos, savanas, geleiras,
florestas tropicais, cidades, ilhas, barcos, aviões, carros, trens, ou seja, estamos
em todos os lugares.
Podemos estar ausentes apenas de um lugar, de nós
mesmos, de nossa humanidade, e a maior prova desta ausência, é o deserto
interior que faz com que nos afastemos da alegria geral, do sorriso que se nos
oferece aquele rosto iluminado pela alegria da festa de Ano Novo!
Quantos motivos há para a alegria? Milhares!
Para a tristeza? Outros milhares.
Para compartilhar da felicidade do outro? Uma só –
nossa humanidade que compartilhamos com o outro!
A não ser os que sofrem por esta mesma humanidade, os
que sofrem pelo fenecimento desta existência simples e complexa, os que
enlutados, se consomem na falta, na
ausência do amado, todos nós outros temos motivos para sorrir, nem que seja em
respeito à humanidade que habita em nós!
Trago em mim esta humanidade que pensa o Novo Ano como
promessa!
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