Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Deserto





Sinopse:

Na década de 1970, um grupo de adolescentes brasileiros vai a Israel para ajudar na colheita de frutas cítricas e aprender a história do país. Eles dispõem de alguns dias de folga, mas estão proibidos de viajar à Europa, onde um judeu ingênuo poderia ceder às tentações burguesas e se desviar do caminho do sionismo. Um deles transgride a interdição e vai para Londres. Com esse enredo, Luis S. Krausz tece a fascinante história de famílias de judeus russos e do Império Austro-Húngaro, dispersas após a Primeira Guerra e o início do nazismo. Nas suas andanças, o jovem parece reatar os laços entre parentes de Israel, Inglaterra e Brasil. Mas ele sabe que o tempo, a distância e o esquecimento desfizeram esses laços para sempre.

Minha opinião:

Lendo o Estadão de sábado, informei-me sobre os livros que poderiam ser premiados no ano de 2014, porque obras significativas publicadas em 2013. Surpreso não li nada sobre FIM de Fernanda Torres, mas havia uma crítica elogiosa a Deserto de Luis S. Krausz. O livro é de leitura penosa, rico em pedantismo superficial, prolixidade inútil, reiterações desnecessárias e vazias, certa puerilidade, que se tivesse sido escrito aos 16 anos, seria desculpável, aos 50, uma tragédia. Uma experiência pueril, de um adolescente que pensa com a cabeça de 50 anos, em cenas surrealistas, mas pobres. Uma injustiça com o autor e com Proust a aproximação forçada dos estilos. O título é bem aplicado por ser um deserto literário, árido, com escorpiões e cavernas inúteis. O veneno do tédio é mortal à literatura. Este é o caso desta obra, que não tem nada para ser premiada!

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