Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Que fizestes?







Que fizestes? Estou em estado de graça,
Nunca concebi um estado de felicidade,
Tão sublime, tão abissal, tão absoluto,
Não só pelo que fizestes, mas, pôr o teres feito!

Mas e agora, como dar conta deste estado,
Como conceber um depois, sem isto,
Como existir sem você depois do que fizestes,
Com conceber existir sem a plenitude do encontro?

Que fizestes? Tornei-me num instante...
Um grão de areia, um bóson, um nada...
Mas o mais estupefaciente disto,
É ser um nada absolutamente pleno!

Estou confuso, obnubilado, aturdido,
Por que a única coisa que me ocorre...
É lançar-me em desespero em busca de você...
É procurar dar sentido à felicidade que me destes!

Estou em estado de graça! O que fizestes?
Não há nada mais sublime do que conceber,
Que sua alma encontra noutra sentido,
E quando isto se dá, abismo, sublimidade!

Não sei como se darão dias, horas, minutos,
Todos marcados pelo que fizestes...
Tornados torturantes sem tua presença,
Tornados medonhos sem teu olhar!

Mas é assim que se nasce para a eternidade,
Quando encontramos, toda razão,
De um existir atormentado pela dúvida,
Ao encontrar no amor todo sentido...!




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