Fostes
embora,
Me abandonastes,
Esquecestes
todas as dores,
Todas as
alegrias,
Os sussurros,
Os gemidos,
Os cheiros,
Os gostos,
A imensidão
do tempo,
No tempo
tão curto,
Do amar!
Ensandecestes
de ciúmes,
Perdestes a
fé em mim,
Perdestes a
fé em ti,
Nós, sem
nenhum sentido,
Desmanchamos,
apenas num olhar,
Desmanchamos,
apenas num suspiro,
Deixamos de
existir,
Mesmo nas
fotografias,
E as havia,
Mas se
desfizeram,
Empalideceram,
Até desfazerem-se,
Sem mais
materialidade,
Que a
transparência do vidro,
Que impune
as sustentavam.
Abandonastes,
não nosso ninho,
Não nossos
lençóis,
Não nossas
tristezas,
Não nossas
esperanças,
Abandonastes,
tudo em algum lugar,
De lugar
algum!
Vago tal
alma penada,
Pelas ruas,
pelas praças,
Meus olhos,
Marejados de
água salgada,
Fazem cintilar
luzes,
Imagens,
estrelas,
O peito,
opresso,
Dói, arfa,
desarma,
Acelero, a
velocidade,
Do acelerador,
com o compasso,
Dos batimentos
de meu coração,
Com as falhas
do meu coração!
Ensandeço,
Porque pensar-te,
Distante de
mim,
É lacerar-me
sem remédio,
Por todas
as mágoas,
Por todos
os sofrimentos,
Por todas
as dores,
Por todos
os males,
Que você
possa sofrer,
Longe de
mim!
Sofro,
antes, pelo teu sofrer,
Sofro,
antes, por minha impotência,
Sofro,
antes, pela minha incapacidade,
De saber te
amar!
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