Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

domingo, 1 de julho de 2012

Paço Imperial




O Paço Imperial que é espaço de memória privilegiado, remetendo a um tempo em que o Brasil era antes de tudo uma exceção no concerto de ditaduras militares instáveis, recorda a construção brilhante de um edifício politico único pelo povo português.
A origem do palácio remonta ao final do século XVII, mais precisamente1699, quando a Casa da Moeda foi construída para fundir o ouro proveniente das Minas Gerais, na proximidade do mar, permitindo maior facilidade na exportaçãoa do ouro que vinha das Minas Gerais. Em planta datada de 1713, o Armazém Del Rey já aparece com essa denominação, remetendo ao local onde eram guardadas armas e munições reais, bem como onde se daria o peso e separação do quinto.
Com a instalação da capital do imenso território luso na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, ficou a construção conhecida como Palácio dos Vice-Reis, tendo sido usado, entre outras funções, como cocheira para cavalos e carruagens.
Com a chegada da Rainha Dona Maria I e do regente Dom João ao Rio de Janeiro passou o Paço a sede do Império Português, ou seja, dos governos do Reinado e do Império. Nele aconteceram a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves em 1815, nele se deu a aclamação de Dom João VI como rei de Portugal, nele se deu o juramento da Constituição Liberal do Porto de 1821 e por fim a aclamação de Dom Pedro I.
Após o vergonhoso golpe militar que instaurou a República, nele foram instalados os Correios e Telégrafos, tendo sido abandonado como forma de supressão da memória histórica imperial. Em 1938, foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e hoje é um dos marcos da história cultural da cidade.

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