As manifestações do Senador Roberto Requião contra
o Congresso do Paraguay, são um abuso e um absurdo!
O excelentíssimo senador não tem sequer reserva
moral para fazer críticas ao parlamento paraguaio. Vergonhosa a sua atuação
quando se deu o impeachment dentro dos marcos democráticos e da sucessão
constitucional no país vizinho.
Nossa Constituição teria cassado Lugo não agora,
mas antes de sua diplomação posto que no artigo 17 está escrito:
Art.
17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
II - proibição
de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a estes;
Basta que façamos uma recordação histórica da
intervenção do Senador na eleição presidente constitucionalmente caçado para
saber que ele foi caçado após muito tempo de desmando, e após interferências
descabidas do Brasil para sua eleição e manutenção ilegítima na presidência
daquele país. Leiamos a seguinte reportagem:
Ajuda de Requião provocou
polêmica
O secretário de Estado da Comunicação, Airton
Pisseti, participou ativamente da campanha, alegando sempre que tratava-se de
uma colaboração voluntária e que não estaria cumprindo ordens de Requião
Desde o início da disputa
paraguaia, o governador paranaense Roberto Requião declarou apoio a Lugo. O
secretário de Estado da Comunicação, Airton Pisseti, participou ativamente da
campanha, alegando sempre que tratava-se de uma colaboração voluntária e que
não estaria cumprindo ordens de Requião. A imprensa nacional chegou a noticiar
que Pisseti teria sido contratado para coordenar a campanha e que receberia
pela função.
Os deslocamentos do
secretário de Requião ao país vizinho chamaram à atenção da bancada de oposição
na Assembléia, que passou a investigar ocaso. Com base no cruzamento de
informações fornecidas pelo próprio governo com dados da companhia aérea Gol, o
presidente da Comissão de Comunicação da AL, deputado Marcelo Rangel
(PPS), revelou que Pisseti havia usado o cartão corporativo do governo do
estado para pagar gastos com a campanha paraguaia. Segundo o parlamentar, ao
menos duas passagens aéreas de Foz do Iguaçu para Curitiba, em datas que
coincidem com as viagens do secretário ao país vizinho, teriam sido pagas com o
cartão.
Informações do Sistema
Integrado de Acompanhamento Financeiro (Siafi) –controle financeiro da
Secretaria de Estado da Fazenda – , revelam que a pasta comandada por Pisseti
liberou gastos que totalizam R$76.350,00, através do cartão corporativo, em
datas que coincidem com as viagens ao Paraguai. O secretário garante que isso
não passa de “coincidência”.
Rangel garante ainda que
Pisseti realizou 50 horas de ligações ao Paraguai a partir de telefones da
Secretaria.
O próprio secretário
admitiu ainda que esteve no país vizinho em dias de expediente no governo do
estado e se comprometeu a devolver parte do salário de R$ 11,9 mil. Todas as
informações já foram repassadas ao Ministério Público (MP/PR), que investiga o
caso.
Fonte: Jornal do Estado,
publicada em 18/04/2008.
Ora, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) que fez
uma análise em Plenário do Senado da República na quarta-feira (27), do impeachment
sofrido pelo presidente do Paraguai, Fernando Lugo, esquece de todo o seu
envolvimento na eleição do prolífico bispo católico!
Na avaliação do senador, as repercussões da decisão
do Congresso Nacional da República do Paraguay podem acabar sendo prejudiciais
aos interesses daquele país, sobretudo, na hipótese de entrada da Venezuela no
Mercosul. Por óbvio o único congresso legítimo que ainda obstava a entrada do
país que não tem democracia em nosso subcontinente, era o paraguaio, agora
suspenso pelos estúpidos de plantão.
Requião explicou que a Venezuela somente não passou
a ser membro do bloco devido a posição contrária do Paraguai, o único país que
foi sério o suficiente e tinha um congresso livre o suficiente para barrar o
sócio de Requião, nas risíveis promessa de Puebla e do socialismo moreno, que
de socialismo só tem a opressão.
Disse o Bozo das Araucárias:
— Nós estamos vendo que este golpe no Paraguai,
feito pelos interesses da indústria do alumínio e da negociação mundial de
sementes transgênicas das empresas multinacionais, pode ter saído pela culatra
— disse.
A posição contrária do Paraguai à entrada da
Venezuela no Mercosul não se deve a “interesses brutais” daquele país em ter
acesso ao mercado venezuelano, como disse o desinformado senador, mas porque aquele
país não é uma democracia e por tal, fere um dos fundamentos do Mercosul.
O desinformado e pouco honesto senador em suas
opiniões julga que uma das principais razões que levaram as forças políticas
conservadoras a destituírem Fernando Lugo, é seu alinhamento a grupos
interessados em utilizar, mediante a obtenção de subsídios estatais, a parte de
50% cabível ao Paraguai da energia elétrica produzida em Itaipu para a produção
de alumínio.
Não Senador, o motivo é o empobrecimento do país, a
constante recessão, queda do PIB, os desmandos administrativos, a ocupação de
quartéis do exército por sem terras, aqueles parentes dos que o senador
utilizava para destruir praças de pedágio no Estado do Paraná. Sim, o governador
de 2003 a 2010, em atos de violência, fazia os baderneiros do movimento de sem
terras invadir e destruir cabines de pedágio. O que tem a ver pedágio e falta
de terra ninguém sabe, mas sabemos todos quem comandava o movimento marginal da
política no Estado.
A entrada da Venezuela no Mercosul, ao contrário do
que pensa sua excelência desinformada e acrítica Senador Requião não será
altamente vantajosa para o desenvolvimento da região, posto que seu PIB está em
declínio, sua economia desorganizada, empobrecida a população, dependente de
uma commoditie que vem tendo seu preço reduzido no mercado mundial, e cada vez
mais dependente de capital estrangeiro esquivo. Não a Venezuela é uma dor de
cabeça para o Mercosul, além de não se tratar de um país democrático.
O desinteresse do Brasil pelo Mercosul é patente,
quando o nosso representante é um Senador absolutamente incapaz de compreender
o respeito devido a uma nação estrangeira, que viola a constituição de nosso
país, do país vizinho e ainda acha que sua defesa do caudilho da Venezuela
possa se explicar a não ser por interesses espúrios e indizíveis para a
totalidade da população brasileira.
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