Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sábado, 30 de junho de 2012

Viver, um ato insensato...




A morte é a única certeza, absolutamente certeza, que faz da vida algo belo, porque ao termos de escolher viver todos os dias, e esta escolha tem de ser necessariamente feita, esta se torna desafio, um desafio cujo resultado, tem apenas uma solução, a derrota e o morrer!
Somos filhos da desdita, porque temos consciência da imensidão do nada que somos e que nos preenche, do vazio que se anuncia em cada instante que nos aproximamos do inexorável termo de nossas vidas sem sentido.
Mas morrer um pouco a cada dia, nos dá com certeza, a possibilidade de desafiar o inexorável, única forma de afirmar nossa existência.
Vã existência, mas que é plenitude no ato de amar!
Nossa existência só faz sentido no ato de amar, no gozo, na plenitude do encontro com o outro, no esbanjamento da arte de buscar fundir-se em plenitude, com aquele que elegemos como parte de nossa desdita, do inexorável destino de deixar o existir!
Não tenho pressa. Espero que ela também não! Andamos de mãos dadas, reconheço-a todos os dias, mas ao cumprimenta-la na dor, digo-lhe sempre:
Estou pronto, como sempre estive, mas ainda há muito que amar! Basta-me esperar que amanhã possa, vencendo-a sem vencer, fundir-me no outro, numa ensandecida arte de fundir-se, misturar-se e perder-se, para se encontrar apenas no instante imediato, aquele em que tudo fará sentido, para imediatamente deixar de existir!

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