Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Julgamento político, prescinde de provas!




Clóvis Rossi é um dos maiores jornalistas do país no momento, minha admiração por ele é inconteste, porém escreveu uma pérola nesta sexta-feira, 29 de junho:

Fica evidente que Lugo estava condenado de antemão. No item "provas que sustentam a acusação", se diz que "todas as causas [para o impeachment] são de notoriedade pública, motivo pelo qual não precisam ser provadas, conforme nosso ordenamento jurídico vigente".

Vamos esclarecer uma coisa, o julgamento de Fernando Lugo foi político, não foi jurídico, o fato é que ele não mais tinha qualquer condição de governar! O mecanismo pelo qual a República presidencialista alija do poder o governante que já não tem mais nenhuma credibilidade política, junto aos legítimos e eleitos representantes do povo é o Impeachment. Assim, ficar buscando provas para o julgamento, questionar a sua validade, é desconhecer o processo político. No parlamentarismo tal afastamento se dá pelo voto de desconfiança no gabinete e pela dissolução da Câmara!
No presidencialismo, democraticamente, faz-se o Impeachment do governante que já não mais inspira qualquer confiança na representação popular.
E vamos esclarecer de uma vez uma coisa. O presidente não é representante do povo, ele é eleito por uma maioria para governar e administrar a coisa pública, o povo se manifesta pelo Congresso. E este, resolveu que o Lugo deveria dar lugar para Federico Franco, constitucionalmente seu vice.
E não adianta ficar achando que precisa ter prova. A prova é a convicção política de sua inaptidão para exercer o poder, que é evidente, apenas e simplesmente na convicção daqueles que o julgam incapaz.
E pronto!

Um comentário:

  1. Dr. Laécio, há um grupo de pessoas acostumado a explorar os humanos com argumentos nencefálicos. Exemplos: a) A Monsanto derrubou Lugo, notícia publicada pelos SEM TERRA E SEM NEURÔNIO lá do Paraguai; b) Collor sofreu impeachment, Lugo sofreu golpe; c) o princípio da NÃO INTERVENÇÃO norteia a diplomacia brasileira, excetuando quando nossos companheiros perdem; c) No Brasil houve GOLPE MILITAR, em Cuba houve REVOLUÇÃO. Vou aproveitar o teu blog para dar um recado para esses ESPERTINHO que adotam posturas supondo o povo otário: Podem fazer de conta que todo mundo é anencefálico, mas anote aí: nós usamos os dois cérebros. E mais: "quousque tandem abutere Catilina patientia nostra"? Até quando ESPERTINHOS AGRUPADOS ABUSAREIS DA NOSSA INTELIGÊNCIA?
    Noergologista Jacob Bettoni noergologia@gmail.com

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