O que representa um Rei?
Representa uma tradição, incorpora em sua função algo que atravessa o tempo
histórico, mantendo a unidade na diversidade. Não à toa podemos dizer: O Rei
está morto, Viva o Rei!
Recentemente o Rei de
Espanha Juan Carlos I foi fazer uma temporada de caça de elefantes em Botswana, Estado no
sul da África, onde a caça é permitida e faz parte da indústria do turismo local, levando riqueza e melhorando os índices econômicos de um lugar esquecido no mundo. Lá,
por conta própria, às espenças de sua riqueza pessoal, praticou o esporte, que
apesar de toda minha indiferença plebeia e burguesa, é o esporte dos reis e
nobres.
Destino cruel, os reis são
como so plebeus, apenas humanos, e ao cair de uma escada fraturou a cabeça do
femur. A mídia histérica fez todas as reprovações possíveis ao Rei, como se um
Rei pudesse ser reprovado e abestalhado pela mídia. Conseguiu um mea culpa,
discreto e honrado! Os espanhóis então o teriam perdoado numa proporção de
70,3%.
Perdoem-me os falsos
democratas, os demagogos de plantão os estúpidos vigilantes da história, mas o Rei não tem
que ser perdoado pelo seu povo, deve ser amado por suas qualidades, tolerado em
suas faltas, e limitado em seus abusos. Mas ele não pode ser responsabilizado
por seus atos, porque incorpora a soberania.
Dizer que 52,8% não vêm o
pedido de desculpas como suficiente para o resgate do prestígio da casa real
espanhola é uma estultice, é fazer pesquisa sobre o que não faz o menor sentido
pesquisar, a não ser para a própria casa real saber sobre sua popularidade!
A Monarquia é o sistema de
governo onde a identidade nacional é galavanizada por uma continuidade
histórica, onde a existência clara de estamentos privilegiados impede os abusos
e locupletamentos travestidos de democracia e igualdade!
Mesmo Luis XIV não pode
legitimar seus filhos havidos fora do casamento, não porque a Igreja não
permitisse, mas porque as leis fundamentais do reino incorporadas no saber
popular não o permitiriam.
Carlos Magno somente
editava Capitulares, que lhe saiam pela cabeça, quando reunidos todos os nobres,
pares e representantes de ofícios do reino, porque se assim não fosse, tal
capitular seria inaplicável, e isso, estamos falando do século VIII.
Joaquim Nabuco quando da
proclamação da República permaneceu convicto e intransigente monarquista porque
percebia a avidez, a insensatez, a busca desenfreada de poder, de privilégidos
daqueles que se diziam republicanos! A república exige homens mais sérios, mais
desprendidos, mais nacionalistas, mais confiantes na democracia, do que aqueles
que podemos ter, por nossa infância nacional. O estadista do Império só voltou
a servir ao Brasil a pedido do Barão do Rio Branco e porque sempre vislumbrou a
perspectiva do retorno da dinastia, que uma ditadura militar limitada e
machista impediu de se firmar como a forma própria, particular e respeitada de
governo no Brasil.
Dilma não é a primeira
governante brasileira mulher, muito antes dela Dona Izabel de Bragança governou
este imenso país com sabedoria, com firmeza e capacidade, num tempo em que D.
Pedro II não chegava nem perto da popularidade midiática de Lula, como
padrinho!
As dificuldades econômicas
da Espanha não decorrem das férias do Rei em Botswana, mas de um desejo
incontido do povo espanhol de que o Estado lhe proporcione todas as
necessidades e ao mesmo tempo, cobre poucos impostos.
Que a bandeira do Império,
mutilada, que tremula ainda, por vontade do povo, seja a marca de resistência
dos brasileiros que não querem que este imenso, belo e impertérrito país
sucumba às falsas moralidades demagógicas de um República, que de república só
tem o nome!
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