Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

domingo, 29 de abril de 2012

Respeito a uma opinião que faz diferença...



Recebi um comentário que  muito me orgulha, de um amigo especial, que vale a pena ser publicado. Ser politicamente indesejável e incorreto, é admitir que nossas opiniões não podem ser levadas a sério de forma radical e inafastável, nem por nós mesmos. Já fui acusado de cético e liberal. Uma acusação plenamente verdadeira, o que longe de me ofender, confirmou minha coerência! Na origem, os liberais radicais estão à esquerda da esquerda que conhecemos como marxista, o que faz os liberais a vanguarda do pensamento humano, e os marxistas de plantão a vanguarda do atraso!

Comentário do meu amigo Sandro Ferreira Pinto:

Politicamente indesejável amigo Laércio Lopes de Araujo, essa também foi a minha conclusão. Perguntaram porque eu não havia criticado a decisão do Supremo (já que reclamo de tudo e sempre fui contra as cotas raciais) e a minha resposta foi essa: o problema não é jurídico, mas antes politico. A tênue linha que distingue o judiciário do executivo/legislativo parece-me ser suficiente para sustentar a "juridicidade" da decisão do Supremo (sem enfrentar os argumentos dos votos claro). A decisão do legislador para mim é absurda, mas para ser inconstitucional precisaria trazer um critério que, em abstrato, fosse EVIDENTEMENTE desproporcional. E essa constatação, em abstrato, é difícil, pois o fundo histórico é verdadeiro.O problema, para mim, e na linha do que tu disse, é da dupla consequência: (1) Inconstitucionalidade no caso concreto (aí sim caberia intervenção judicial legítima), pois teremos, como já vi, dois irmãos, um branco como papel e outro afro, um com direito e outro não. (2) O pior, porque aqui não há solução, a colocação de fator racial num país como o Brasil, em que o fator de conflito é eminentemente social. Qual o avanço político e social para o Brasil, nesse tempo histórico, trazer essa separação entre negros e brancos. Se critérios diferenciados devem exisitr, que sejam com base em renda, em escolaridade pública, mas não pela cor do indivíduo. Porque rico no Brasil, não importa a cor, o time ou o sexo, é sempre bem tratado! Existe preconceito contra negros? Sim, claro, como existe contra mulheres, como existe contra homossexuais (em infinita maior escala), contra os feios, contra os gordos, etc. e a pergunta a ser feita é qual o meio de se combater isso? Será com o imediatismo cotista?. Ou seja, para invalidar a Lei, o Supremo teria que, indevidamente, entrar no mérito do ato legislativo, como já fez outras vezes, mas aqui resolveu seguir sua função institucional. E se o problema é político meu caro, o julgamento é na urna e não no Supremo!Triste é ver o meu querido Partido dos Trabalhadores cada vez mais perdendo a identidade. abs!

O reconhecimento e o respeito de quem, por ele e com ele, tem respeito pelo pensar doloroso, tem respeito pela alteridade e pela diversidade, sem sucumbir à estupidez!

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