Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sábado, 21 de abril de 2012

PAX



Paz, como diz-se que se quer,
Mas quero paz?
Ora, a paz é acomodação,
Mas não sou acomodado,
Não quero acomodação,
Quero desassossego,
Porque desassossegada minh’alma.
Quero movimento,
Quero conflito,
Quero combate,
Pelas boas,
Pelas más,
Por qualquer causa,
Desde que justa.
Consertarei o mundo?
Não, nem o pretendo,
Pretendo apenas, e se possível,
Fazer minha parte,
Uma pequena parte,
Sem nenhuma certeza,
Sem nenhuma verdade,
Mas cuidado, não pactuarei,
Com a estupidez,
Com a ignorância,
Com a deslealdade,
Com a paranóia,
Com a desonra.
Quero paz?
Longe disso,
Quero a Guerra!
Por quê?
Porque a paz apraz aos covardes!
A Guerra aos fortes.
Para ser justo, não há que ter piedade,
A piedade é sentimento indigno dos homens.
Quero uma única paz!
Com minha consciência!
E ela…
Sempre, sempre me acena, com o lenço branco…
Lembrando-me,
Estás em paz, porque…
De acordo com teu existir!
Pax!

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