Sonnet à la Louange d´Olive
“D´amour, de grace, et de haulte valeur
Les feux divins estoient cenctz et les cieulx
S´estoient vestuz d´um manteau precieux
A raiz ardens de deverse couleur:
Tout estoit plein de beauté, de bonheur,
La mer tranquile, et le vent gracieulx,
Quand celle la nasquit em ces bas lieux
Qui a pillé du monde tout l´honneur.
Ell´prist son teint des beaux lys
blanchissans,
Son chef de l´or, ces deux lèvres des rozes,
Et du soleil sés yeux resplandissans;
Le ciel usant de liberalité,
Mist em l´esprit sés semences encloses,
Son nom dês Dieux prist l´immorallité.
Soneto de Louvor a Olívia
De amor, de graça, e de um alto valor
As divinas fornalhas se acendiam,
E os céus com um manto raro recobriam
Ardentes raios de irisada cor.
E tudo era beleza e almo calor;
O mar tranquilo e o vento pareciam
Beijar a que nascia, e lhe traziam
Do mundo toda a glória e resplendor.
A clara tez ao lírio ela tomou,
A boca à rosa, ao ouro seus cabelos;
Para seus olhos, luz ao sol roubou.
O céu, com grande liberalidade,
A alma apurou-lhe com gentis desvelos:
Deu-lhe dos Deuses a imortalidade.
Poema de Joachim du Bellay
(1522-1560)
Tradução de José Jeronymo Rivera
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