Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A Surpresa






Ver-te caminhar foi uma surpresa,

Mas não uma surpresa qualquer...

A surpresa de um reencontro,

De um nunca acontecido!



Tua beleza, encantadora,

Que faz diluir mulher e menina,

Que faz imaginar o que se passa,

Neste olhar decidido,

Neste caminhar seguro,

Nesta forma ágil e alegre de ser,

Invadem meu imaginário,

Transformam meu dia!



Dize-me o que és?

Dize-me de onde vens?

Dize-me o que quer?

Mas também não faz mal...

Se não o disseres.

Basta-me que me dês um pouco...

Apenas um pouco...

De toda atenção que o mundo tem de ti!



Que belo é saber que não temos papéis...

Ou melhor, que estudamos delicadamente,

Qual o nosso papel, um para com o outro!

Quero tudo, muito mais que imaginas!

Mas apenas o que quiseres...

Não porque não saiba o que quero,

Mas porque quero o teu querer.



Muitas vezes não nos damos conta,

Que o destino, tecido pelas Moiras,

É cego, cego absolutamente,

Nada há que se surpreender...

Com as surpresas e inconstâncias

Que afligem cada momento de nossas vidas!



Perplexo, é unicamente como me sinto...

Encantado, como restei de ti...

Ansioso, pelo reencontro de um não encontro...

Mas que vale a pena, apenas por ter vivido!

Encantado e perplexo, hei de viver por tua lembrança!

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