O Governo de Lula da
Silva deu aumento aos professores da rede pública nos primeiros anos da sua
administração da ordem de 1%, e todos, resmungando pelos cantos se explicavam
porque o Estado ampliava as redes de clientelismo com a consolidação das bolsas
no Bolsa Família, e na criação de um clientelismo refratário ao desenvolvimento
da sociedade. Hoje 11 milhões de famílias recebem a prebenda, o que fideliza
quase 30% do eleitorado brasileiro da forma menos democrática possível. Agora,
o partido dos trabalhadores quer endurecer com servidores em greve, editou um
Decreto inconstitucional que desarticula e corrompe a administração pública, e
assim o governo comprou briga com a ala sindical do PT, se é que dá para falar
em rompimento, pois parece mais um beicinho para chamar a atenção. Como berço
do partido histórico, hoje está preso ao clientelismo e peleguismo getulista
herdado, e nada pode fazer, nem levantou a voz ao decreto maldito, o que é
surpreendente para um partido que denunciava, saliento, denunciava todos os
malfeitos há até 10 anos atrás. O Coordenador do Ministério do Planejamento,
César Brod pediu demissão (temos de reconhecer a honorabilidade deste
sindicalista) após ser orientado a cortar o ponto de grevistas, o que é no
mínimo obrigação legal. Ao sair escreveu uma carta, onde critica a gestão petista.
"O PT patrão
parece não ter aprendido com sua própria história. Apenas aprimora táticas de
pressão psicológica e negociação questionável daqueles com os quais negociou na
época em que a greve era sua".
Eu apenas corrigiria
um detalhe: o PT patrão aprendeu sim, e muito a tornar-se ainda mais
oligárquico e reprodutor do que há de pior em nossa história, beneficiando os
setores mais retrógrados e conservadores da economia e da sociedade brasileira.
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