Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PT e greve: contrassenso.




O Governo de Lula da Silva deu aumento aos professores da rede pública nos primeiros anos da sua administração da ordem de 1%, e todos, resmungando pelos cantos se explicavam porque o Estado ampliava as redes de clientelismo com a consolidação das bolsas no Bolsa Família, e na criação de um clientelismo refratário ao desenvolvimento da sociedade. Hoje 11 milhões de famílias recebem a prebenda, o que fideliza quase 30% do eleitorado brasileiro da forma menos democrática possível. Agora, o partido dos trabalhadores quer endurecer com servidores em greve, editou um Decreto inconstitucional que desarticula e corrompe a administração pública, e assim o governo comprou briga com a ala sindical do PT, se é que dá para falar em rompimento, pois parece mais um beicinho para chamar a atenção. Como berço do partido histórico, hoje está preso ao clientelismo e peleguismo getulista herdado, e nada pode fazer, nem levantou a voz ao decreto maldito, o que é surpreendente para um partido que denunciava, saliento, denunciava todos os malfeitos há até 10 anos atrás. O Coordenador do Ministério do Planejamento, César Brod pediu demissão (temos de reconhecer a honorabilidade deste sindicalista) após ser orientado a cortar o ponto de grevistas, o que é no mínimo obrigação legal. Ao sair escreveu uma carta, onde critica a gestão petista.
"O PT patrão parece não ter aprendido com sua própria história. Apenas aprimora táticas de pressão psicológica e negociação questionável daqueles com os quais negociou na época em que a greve era sua".
Eu apenas corrigiria um detalhe: o PT patrão aprendeu sim, e muito a tornar-se ainda mais oligárquico e reprodutor do que há de pior em nossa história, beneficiando os setores mais retrógrados e conservadores da economia e da sociedade brasileira.

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