Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sábado, 11 de agosto de 2012

Um mar de lama nunca visto antes na história deste país: MENSALÃO





Estamos vivendo os primeiros momentos de um teatro de tragicomédia, encenado no que antigamente costumava-se crer fosse a Corte mais digna e elevada do país.
Desde que teve início, já pudemos conhecer bem a estratégia da defesa dos 38 réus do mensalão do PT e a combinação dos advogados, sob a sábia orquestração do Dr. Márcio Thomaz Bastos que é padrinho da indicação de boa parte dos ministros do Supremo, demonstra bem as falhas que nossa Constituição deixou ao permitir escolhas indignas da Suprema corte.
Todos invariavelmente buscam é desqualificar a denúncia de que havia um mensalão para comprar apoios no Congresso,  o que não é difícil já que o ministério público federal foi relativametne relapso,  e buscar admitir  a existência de um caixa dois que "todo mundo faz", isto porque tal deslize não está incluído na acusação da Procuradoria e, principalmente, já estará prescrito quando do termino do julgamento.
Outro aspecto defendido é tentar provar que os empréstimos bancários do esquema não eram mera ficção mas que efetivamente eram reais, legais e até foram pagos pelos réus!
Como todos fazem parte de um esquema bem azeitado de corrupção política e de instrumentalização do Estado, todos repetirão o bordão pelo qual ficou conhecido o Governo Lula da Silva, ou seja, que todos ele nada viram, de nada sabiam, que ninguém comandava absolutamente nada e que por fim todos só cumpriam ordens do comando político, encarnado por Delúbio Soares, o perverso professor tesoureiro. O comando operacional era de Marcos Valério (comandante-em-chefe) e nas operações de tática financeira, comandados por um sujeito que já partiu desta para melhor e assim nem pode se defender das acusações insanas que lhe possam ser assacadas.
Numa República tão preocupada com as questões de gênero, com tantas normas estúpidas sendo editadas pela presidência da república e pelo CNJ para defender a igualdade dos sexos na esplanada e em todos os rincões deste imanso Brasil, é curioso observar que não há mulheres como Advogadas de defesa, pelo menos, explicitamente, até porque uma delas foi cooptada pelo ministro petista da corte, e hoje nega a União Estável em que vive com o privilegiado apenas para espezinhar e acicatar ainda mais a consciência dos brasileiros. O fato é que as mulheres que estão sentadas nos bancos dos réus são apresentadas como inúteis, bobinhas e coitadinhas. Que graça, tão frágeis, inocentes, úteis aos desmandos dos lobos maus, que se passam apenas por meninos travessos!
Curioso, hilário mesmo foi provar que uma das rés,  diretora de banco, era singelamente uma professora de balé e não sabe somar dois mais dois. Duas outras que ocupavam as posições de diretora e gerente financeiras, nada sabem sobre finanças, iam ao banco apenas para bordar, tricotar e coisas tais, já que inocentes. E por fim, a defesa demonstra que as demais eram quase que apenas office-girls, para lá e para cá com sacos de dinheiro, porque os homens, aqueles coitados que faziam pequenos emprestimos vultuosos, muito provavelmente não tinham nem conta-corrente onde pudesse ser depositado os recursos dos empréstimos.
Como todos começamos a perceber, todos são personagens medíocres, sem expressão e o próprio ex-ministro chefe da Casa Civil de Lula da Silva, o injustiçado José Dirceu, não mandava no PT. Já os diretores da empresa SMP&B só faziam o que seu mestre Valério mandava e os operadores bancários eram uns burocratas sem a menor autonomia, como o eram os subordinados dos Einzieitsgruppen das SS de Himmler.
Todos sem excessão são dignos próceres seguidores de Lula da Silva. Como ele nada sabiam, nada ouviram, de nada participaram, e mais que tudo são angelicamente inocentes.
Agora, que discurso torpe é este de moralização política encetado pelos partidos do governo?
Este julgamente é sim um verdadeiro ato educativo para o povo brasileiro. Para os adversários a Lei, para os cumpanheiros um afago, uma reprimenda privada e a representação patética de um julgamento, que como já disse Luis Flávio Gomes, tem tudo para ser anulado!
Realemente, este é um absurdo, que mesmo nos piores tempos das oligarquias no Brasil, nunca se viu antes na história deste país!

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