Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

terça-feira, 15 de maio de 2012

Como dizer-te?




Quando nos expressamos pela escrita, quando escrevemos, sofremos sempre o efeito da plurivocidade do discurso. Mesmo pensando em atingir todas as metalinguagens possíveis, muitas vezes, senão quase absolutamente todas, dizemos o que não pretendíamos, ouvimos o que não foi dito! Daí que o teatro, aquele encenado no Templo de Melpomene, é antes de tudo uma expressão teatralizada do teatro da vida e, sendo assim, jogo de espelhos, e como tal produz infinitas imagens, caleidoscópicas imagens, que a cada um só é permitida a visão de um fragmento, de um pequeno fragmento da realidade! Se somos senhores só deste ínfimo fragmento, podemos ser, como atores, tudo que quisermos, tudo que acreditarmos, tudo que se realizaria num devir perseguido e desejado, mesmo que apenas por um instante, mesmo que apenas no tempo, no espaço de um beijo, de um terno beijo, no corpo que contemplo em plenitude, e que como plenitude do desejo, AMO! Isto tudo, muito simples, muito complexo, muito compreensível, absolutamente incompreensível, revelação explosiva de nossa natureza, que se resume como: paradoxo!

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