O pobre lamento de Lula da Silva 'Tenho que ter cuidado com quem não gosta de mim'

Continuamos a acreditar que há uma batalha verbal entre o desmemoriado ex-presidente e o ministro Gilmar Mendes. Mas isto não é verdade, o que está acontecendo é o lament de um ato impensado, de algo muito estúpido que não poderia, nem deveria ter sido feito!

Ontem escutamos o triste e pobre lamento de um ex-presidente que cometeu um ato no mínimo ignominioso:  "tem que tomar cuidado" como trancreveu o reporter da FOLHA, completanto e ex-presidente, em relação "a uma minoria que não gosta de mim".

Minoria Sr. Lula da Silva, mas não foi o senhor que promoveu os mais entusiásticos programas de proteção das minorias. Ora, está na hora de proteger aqueles que não sucumbem aos falsos brilhos e méritos de um presidente populista e demagogo!

Disse o pobre Lula da Silva:

"Vou falar de pé, porque senão podem dizer que eu estou doente. Pra evitar esses pequenos dissabores [...] Você sabe que tem muita gente que gosta de mim, mas tem algumas que não gostam. Eu tenho que tomar cuidado contra essas. São minoria, mas estão aí, né, no pedaço!"

A forma de falar humilde, que encontra ressonância no discurso popular, não é nada mais que uma encenação teatralizada do presidente do povo, do segundo pai dos pobres. Ao pedir ao ministro Gilmar Mendes que ajudasse no adiamento do julgamento do mensalão, previsto para ocorrer até agosto, o ex-presidente chegou a prometer uma blindagem a eventuais acusações contra Gilmar Mendes na CPI do Cachoeira, o que, de forma concreta é tentative de constrangimento ilegal de autoridade.

A negativa de Lula da Silva em breve nota não entrou em detalhes, nem apresentou uma versão alternativa aos fatos que se deram no escritório de Nelson Jobim. Muito provavelmente sua indignação foi com sua insensatez ou com seu descuido político, que só piorou a situação da pressão sobre o Supremo.

Jobim que inicialmente disse não ter acompanhado toda a conversa voltou a confirmar o encontro em seu escritório, mas negou o teor.

"Não houve essa conversa. Foi uma visita de cordialidade. Lula queria dar um abraço em Gilmar porque ele foi muito colaborativo [com o governo]".

Senhor Nelson Jobim, qual das versões apresentadas pelo ilustre ex-ministro é a verdadeira?

A intenção de Lula da Silva é melar o julgamento e para isso conta com um Ministro, Dias Toffoli, que não se julga impedido, apesar de ter sido assessor do principal réu do mensalão, de ter sido por muitos anos advogado do PT, apesar de namorar uma das advogadas dos mensaleiros. Se isso tudo não o faz suspeito, o que o faria?

Apesar de ter retirado um Coelho da cartola ao eleger Dilma Roussef presidente do Brasil, parece-nos que sua frequência de visitas e manifestações durante o governo da sucessora, tornam-se crescentemente abusivos e escandalosos.

Como é boa a democracia quando permite a alterância do poder e quando consegue evitar o engodo político!

Lamentável episódio que tem a cara do Brasil! Viva a Monarquia, pelo menos havia liberdade de imprensa, havia alternância de poder, e o Imperador nunca interferiu no Judiciário. Já, ao contrário, a República se caracteriza por imensas violências ao Direito, tendo inclusive Floriano Peixoto indicado ao STF o médico Barata Ribeiro, que após julgar no Supremo por mais de ano e meio, foi rejeitado pelo Senado por falta de notório saber jurídico.

Pergunto, há na nossa Suprema Corte uma plêiade de juristas com notório saber jurídico! A resposta seria rizível se não fosse trágica!