Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

terça-feira, 1 de maio de 2012

A Carteira de Meu Tio




Um pouco de biografia do autor (Livraria Cultura)

Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí, Rio de Janeiro, em 1820. Há poucos registros de sua biografia até a formatura em medicina, em 1844. ' A Moreninha', publicado em folhetim, em 1844, mesmo ano em que se formou, obteve enorme sucesso de público e deu início à carreira do escritor. Depois de 'A Moreninha', publicou 'O Moço Loiro' e cerca de outras 40 obras, entre romances, peças de teatro, contos, crônicas, mas foi no romance que mais se destacou. Na década de 1840, dedicou-se ao jornalismo e a entidades culturais, como o Conservatório Dramático e o Instituto Histórico e Geográfico, que viria a presidir em 1876; também ingressa na política, sendo deputado pelo Partido Liberal. Em 1849, juntamente com os escritores Porto Alegre e Gonçalves Dias, fundou a revista Guanabara, em que publicou grande parte de seu poema “A nebulosa”. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1882.

Sinopse:

'A Carteira de Meu Tio' de Joaquim Manuel de Macedo fala sobre a política do Brasil do Segundo Império. O autor descreve o político brasileiro da época. O protagonista da história é um jovem cujo tio financia sua viagem de estudos à Europa, na qual ele só se preocupa em aproveitar a vida e faz tudo menos estudar. Na volta, inquirido pelo tio sobre seu futuro, decide tornar-se um político, aquilo que considerava ser a melhor maneira de enriquecer e ter poder sem ter de trabalhar tanto assim. O tio, reconhecendo, de início, no sobrinho duas características indispensáveis para exercer essa profissão era um impostor e um atrevido, exige que antes de entrar na vida pública ele viaje a cavalo pelo Brasil para conhecer seu povo e suas necessidades. Nesta viagem, o autor fornece uma imagem da política e dos políticos da época.

Nossa opinião sobre o livro:

O texto de Joaquim Manoel de Macedo é maravilhoso, faz uma crítica de época que tem uma atualidade cortante, pode ser lido como livro de época, do século XIX e do Império do Brasil, mas também e tristemente, como válido para o Brasil do século XXI, mostrando que em século e meio a política e a sociedade pouco evoluíram no Brasil. O livro é de fácil leitura, agradável e o reflexo de um dos maiores romancistas brasileiros. Uma obra que não pode e não deve ser esquecida por todos nós!  Com certeza há uma intelectualidade que o tem recuperado, o que enaltece nossas tradições, e faz com que sua atualidade seja uma mensagem de alerta, um convite à reflexão do que é que estamos fazendo hoje no nosso Brasil!

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